terça-feira, 2 de setembro de 2008

Fome



Fome

Há fomes de crescimento
De saber, de entender...
Há fome que é argumento
Para ser ou parecer.
Há fome que espera alimento;
Pequeno esse tormento
Só vontade de comer.
Dura é a fome que já desistiu
Que dorme e acorda roendo
O que o corpo já construiu.
Cruel é fome que assiste
A fome dos filhos que tem
Doe estômago, dói alma
Corpo fica enfraquecido
E o coração no desgosto
De ver virar pele e osso
As vidas...os corpos que concebeu.
E não consegue ter força
Esperança de Zé-ninguém
Faltam sonhos, sobram retalhos,
E embala o fato nos braços
De pele e osso também.
Sônia C. Prazeres ©