terça-feira, 1 de julho de 2008

Apelo



Apelo

Para que os sinos toquem nos templos interiores
Para que se perceba os delírios e as dores;
Para que a fome seja somente opção... jejum,
Para que se converta a palavra oca
Em olhares, em versos mudos de atenção.
Para fazer emergir da miséria um grande homem;
Para que mudemos na raiz, em espírito!
Para que não erijam mais palanques
No centro das praças gritantes,
Enquanto ronda a miséria pelas esquinas.
Para que não ponham preço de coca nos nossos infantes
Para que não se vendam mais tenras meninas,
Nosso grito incessante, entoado, levado,
Lavado de amor eterno com ou sem poesias
Cheio de esperança nas rimas amenas...
Para fazer crescer as almas pequenas.

Sônia C. Prazeres

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